A infância discriminada em ocorrência da obesidade.

A infância discriminada em ocorrência da obesidade.


A obesidade é uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, associada a problemas de saúde como diabetes, hipertensão, bulimia nervosa e doenças cardiovasculares, podendo levar o indivíduo à depressão, auto-estima prejudicada, entre outros . O fato de uma criança ser obesa é causado por inúmeros fatores, tanto interno (genético), quanto externo (hábitos alimentares, fatores econômicos e sociais).

De acordo com Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido, girando em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus nos 4 últimos 10 anos e na população brasileira, temos um total de 16,7% com excesso de peso e 2,3% com obesidade. A obesidade ocorre freqüentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos na fase escolar e adolescência.

Ao longo da vida de uma criança obesa, ela carrega um sentimento de culpa por estar fora das normas proposta pela sociedade, e assim, sendo excluída pela sociedade, acarretando depressão, e praticando ingestão copiosa de alimentos. O objetivo deste estudo é alertar sobre os riscos que as crianças sofrem com a obesidade e o que ela pode causar. Além de demonstrar o desenvolvimento e o esclarecimento da doença enfocando suas características, causas e conseqüências.


O estudo apresenta alguns fatores que levam à obesidade, onde alguns deles são baixa ingestão de micronutrientes (vitaminas e minerais) e alta ingestão de macronutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas), podendo ser causados pela baixa renda socioeconômica. Também foi ressaltado que a prática de atividade física está diretamente associada ao desenvolvimento da obesidade, porém não são apenas estes os fatores que influenciam esse distúrbio nutricional, pois, a família e a mídia possuem grande parte de culpa na má alimentação das crianças, mas alguns dos casos, também podem estar relacionados à genética. Dessa forma pode-se considerar que a obesidade infantil está relacionada a múltiplos fatores.

A obesidade infantil e uma doença que pode ser evitada ou amenizada. Nos casos que envolvem genéticas, deve ter acompanhamento nutricional e se preciso, auxilio de outros profissionais. Já nos casos decorrentes de maus hábitos alimentares, poderá ser prevenida com uma boa educação alimentar.

O IMC uma ferramenta clinica útil para avaliar o peso em comparação coma altura tem limitações na determinação da obesidade em função da variabilidade relacionada ao sexo, raça e estágio de maturação.

O tratamento da obesidade em crianças deve conter as considerações das necessidades de nutrientes para o crescimento. O sucesso é mais provável de resultar de um programa que considere o desenvolvimento familiar, modificações dietéticas, informações nutricionais, atividade física e componentes comportamentais.

Os profissionais devem evitar tratar a obesidade nas crianças de forma muito agressiva. Entre os riscos de tratar as crianças que estão obesas estão os seguintes: períodos alternados de subalimentação e alimentação excessiva, sentimentos de fracassos por não atingir as expectativas externas, ignorar as dicas internas de apetite e saciedade, sensações de privação e isolamento, um risco aumentado de distúrbios alimentares e uma auto-imagem ruim ou que piore.

As escolas são um ambiente natural, porém desafiador para a prevenção da obesidade, que podem incluir currículos de nutrição e saúde, oportunidades para educação e atividades físicas e refeições escolares apropriadas. Apesar da maioria das escolas não ter programas coordenados, vários programas de prevenção de obesidade baseados em escolas foram bem sucedidos.

As principais causas são:

1- fatores genéticos: a obesidade pode ser causada pela transferência de genes paternos ou por genes que foram modificados pelo ambiente.

2- Hábitos alimentares: influenciados pela cultura, família, sociedade, situação econômica familiar, entre outros.

3- Fatores econômicos e sociais: Regiões, religião, cultura, situação socioeconômica.

4- Mídia: possui grande influência sobre as crianças através de embalagens, propagandas com o objetivo de induzi-las a consumir um determinado produto.

Tratamento: O tratamento da obesidade consiste em uma dieta adequada e um plano de exercícios físicos frequentes. A participação da criança e da família é fundamental para o sucesso do tratamento, pois ela tem que estar preparada psicologicamente e estar ciente que nunca mais sua vida será a mesma, pois, após o acompanhamento nutricional tudo mudará, seus hábitos alimentares, sua rotina, seu estilo de vida etc. Além do tratamento nutricional é necessário um acompanhamento específico com alguns outros profissionais da saúde.

PS:Esse foi um artigo sobre obesidade infantil que fiz e dei palestra sobre o tema na faculdade.

Kélia Ferreira.